A história do livro é uma jornada épica que moldou a civilização humana. Inicialmente gravados em tabuletas de argila na Mesopotâmia, por volta de 3500 a.C., os primeiros “livros” serviam para registros administrativos e, eventualmente, para imortalizar mitos e literatura. O papiro no Egito e os pergaminhos na Grécia e Roma trouxeram portabilidade, mas eram trabalhosos de produzir e manusear. A verdadeira revolução surgiu com o códice romano, feito de páginas costuradas e encadernadas, precursor direto do livro moderno. Mais durável e fácil de consultar que os rolos, o códice facilitou a disseminação do conhecimento, especialmente com a ascensão do Cristianismo.
A Idade Média viu os mosteiros como centros de produção e preservação de livros, copiados à mão por monges, tornando-os bens preciosos e raros. A invenção da imprensa de tipos móveis por Gutenberg no século XV democratizou o acesso ao livro, transformando-o de item de luxo a um veículo de conhecimento mais acessível. A disseminação de ideias da Renascença e da Reforma foi impulsionada por essa inovação.
Nos séculos seguintes, o livro tornou-se um motor de mudanças sociais, políticas e científicas, influenciando revoluções, disseminando alfabetização e fomentando o debate público. Do romance ao ensaio, do tratado científico ao poema, o livro registrou a experiência humana em toda a sua complexidade.
Hoje, na era digital, o livro evoluiu para formatos eletrónicos, coexistindo com a sua forma física. Apesar das mudanças tecnológicas, o livro mantém o seu poder de informar, inspirar e conectar pessoas através do tempo e do espaço, continuando a ser uma das invenções mais impactantes da história humana.