INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS EM ANGOLA

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O contexto histórico das instituições financeiras em Angola

Desde os primórdios da sua existência, as instituições
financeiras em Angola têm desempenhado um
papel crucial no desenvolvimento económico do país.
Ao longo dos últimos 50 anos, testemunhamos uma
trajectória de transformação marcada por desafios,
inovações e adaptações às mudanças do cenário
global. Por esse motivo é fundamental compreender o
contexto histórico que moldou as instituições financeiras
angolanas até aos dias actuais.
As instituições financeiras em Angola têm uma história
complexa e multifacetada que reflecte as mudanças
políticas, económicas e sociais que o país enfrentou ao
longo do tempo. A evolução dessas instituições está
intimamente ligada aos diferentes períodos históricos
que marcaram a trajectória de Angola como nação
independente.

Durante o período colonial até à nossa independencia,
Angola era uma colónia de Portugal. As instituições
financeiras estavam principalmente ligadas ao
sistema bancário português, com pouca autonomia
e desenvolvimento local. O foco estava em facilitar
as transacções comerciais entre Angola e Portugal,
principalmente nas áreas de exportação e importação.
O começo da actividade bancária em Angola aponta
para o ano de 1865, ano em que começou a funcionar
o primeiro estabelecimento bancário. Tratava-se de uma
sucursal do Banco Nacional Ultramarino que se instalou
em Luanda.
O Banco Nacional Ultramarino foi criado em Lisboa
nos termos da carta da lei de 16 de Maio de 1864, por
iniciativa do Ministro da Marinha e Ultramar José da
Silva Mendes Morais e propunha-se a ter sede em Lisboa.
Ainda conforme arquivo histórico do BNU, as primeiras
operações bancárias exercidas pelo Banco Nacional
Ultramarino foram as seguintes: descontos de letras
de câmbio e da terra; empréstimos sobre penhores de
objectos de ouro e prata, de jóias, acções de bancos e de
companhias, de títulos da dívida pública e de quaisquer
géneros em depósito nas alfândegas; adiantamento sobre
dividendos, mediante a necessária garantia; depósitos
em conta corrente; transferência de cheques e ainda
depósitos a prazo.